O maculelê era uma dança comum em Santo Amaro da Purificação, Bahia, nas festas de comemoração do dia de Nossa senhora da Purificação, a santa padroeira da cidade. Muito é discutido a respeito da origem do maculelê. aLguns estudiosos afirmam que foi trazido pelos negros africanos e aqui no Brasil foi mesclado com elementos da cultura indígena. Na senzalas, para proteger-se das chibatadas dos feitores os negros se defendiam com pedaços de pau e facões, esquivando o corpo como uma dança. Nos estudos de Manoel Querino (1851-1923), há indicações do maculelê ser originário do Cocumbi, uma dança em que os negros batiam pedaços roliços de madeira, ao som de cantos. Há uma outra versão que diz que o maculelê é uma manifestação popular de origem africana que se desenvolveu nos canaviais santo-amarenses no século XVIII. Como a capoeira era uma luta disfarçada em dança, em vez de armas e facões, os negros utilizavam cepos de canas nas mãos. Com o passar do tempo e a morte das pessoas que praticavam o Maculelê, a dança ficou esquecida por muitos anos na comemoração das festas de Santo Amaro. Foi em 1943, que Paulínio Aluísio de Andrade, conhecido como "Popó do Maculelê", reuniu parentes e amigos para ensiná-los a dançar o maculelê. Formou um grupo o qual ficou conhecido como "Conjunto de maculelê de Santo Amaro".
Nos anos 60, muitos alunos de Bimba aprenderam a dançar o Maculelê e ajudaram a difundi-lo pelo Brasil.
Hoje, o Maculelê está incorporado á capoeira. Em quase todos os Batizados podemos apreciar apresentações de Maculelê. Homens e mulheres com os corpos pintados, trajandp suas saias batem suas grimas (bastões) ao ritmo do atabaque e cântigos em linguagem popular. Movimentam-se em forma de roda numa dança contagiante e envolvente. Em algumas apresenrações, no lugar de grimas são usados facões, em outras, os integrantes soltam fogo pela boca.
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